Ensaio de Onésimo Teotónio Almeida distinguido pela Academia Portuguesa de História
09.11.2018
 

O livro O Século dos Prodígios – A Ciência no Portugal da Expansão, de Onésimo Teotónio Almeida, foi anunciado pela presidente da Academia Portuguesa de História (APH), Manuela Mendonça, como vencedor do Prémio Fundação Calouste Gulbenkian, História da Presença de Portugal no Mundo. A cerimónia de entrega do prémio ocorrerá a 5 de dezembro, pelas 15 horas, nas instalações da APH, em Lisboa.


Instituído na APH, sob o generoso patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian, este é um prémio que visa galardoar obras históricas de reconhecido mérito. Uma honrosa distinção que surge um dia antes da sessão de lançamento do livro, agendada para hoje, dia 9 de novembro, às 18:30, na Bertrand Picoas Plaza, em Lisboa. Com apresentação de Francisco Contente Domingues.

 

Num momento em que se discute a importância e a natureza dos Descobrimentos, Onésimo Teotónio Almeida lembra o carácter pioneiro da ciência portuguesa desse período – o nosso século XVI foi, verdadeiramente, um século de prodígios, cheio de inovação, de curiosidades e de especulação. Em O Século dos Prodígios, o autor presta especial atenção aos séculos XV e XVI, afastando-se tanto da perspetiva nacionalista (na qual incorrem com frequência os historiadores portugueses), como da indiferença que geralmente marca a historiografia anglo-saxónica – ao ignorar o papel que Portugal teve na história da ciência e do conhecimento. Este livro é uma revisitação desses anos de ouro da história portuguesa e a revelação de como, du-rante o «período da Expansão», surgiu e cresceu um núcleo duro de pensamento e trabalho científico pioneiros, que tornou possíveis as viagens desses séculos – e dos posteriores.