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É com muita alegria que a Quetzal informa que o Prémio Pessoa de 2022 foi atribuído a um dos grandes nomes da literatura portuguesa, o poeta João Luís Barreto Guimarães. João Luís Barreto Guimarães nasceu no Porto, em junho de 1967. Além de poeta e tradutor, é médico e professor de Introdução à Poesia no curso de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto.
Dos primeiros poemas até hoje, a obra de João Luís Barreto Guimarães evoluiu não apenas no sentido do seu reconhecimento em Portugal ou no estrangeiro — mas também no do apuramento de uma ironia raríssima entre nós, e da melancolia nascida das coisas simples e quotidianas, sem ocultar uma raiz profunda que vai buscar referências à cultura europeia nas suas diversas geografias, do Mediterrâneo à Mitteleuropa, das margens do Levante à contemplação do Atlântico. A sua obra lê a poesia dos contemporâneos (que, aliás, traduz) e o edifício da história do nosso século através das suas memórias, palavras, acidentes e personagens — das mais simples às mais raras, numa peregrinação que acompanha a construção de uma gramática própria.
Publicou o seu primeiro livro, Há Violinos na Tribo, em 1989 – tinha então 22 anos. Seguiram-se Rua Trinta e Um de Fevereiro (1991), Este Lado para Cima (1994), Lugares Comuns (2000), 3. Poesia 1987-1994 (2001), Rés-do-Chão (2003), Luz Última (2006) e A Parte pelo Todo (2009). A sua Poesia Reunida foi publicada na Quetzal em 2011, seguindo-se Você Está Aqui (2013, traduzido em Itália); Mediterrâneo (2016, Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa, publicado em Espanha, França, Itália, Polónia, Egito, Grécia, Sérvia e EUA, onde recebeu o Willow Run Poetry Book Award); Nómada (2018, Prémio Livro de Poesia do Ano Bertrand e Prémio Literário Armando da Silva Carvalho, publicado em Itália, Espanha, Chéquia e Egito); a antologia O Tempo Avança por Sílabas (2019, publicada na Croácia, Macedónia e Brasil); e Movimento (2020, Grande Prémio de Literatura DST, publicado na Macedónia). A edições italianas de Mediterrâneo e de Nómada foram finalistas do Premio Internazionale Camaiore em 2019 e 2020, respetivamente. Em janeiro de 2023 será publicado Aberto Todos os Dias, o seu sétimo título na Quetzal.
João Luís Barreto Guimarães vive entre o rio, na Foz do Douro, no Porto, e as colinas de Venade, no coração do Alto Minho.